Quando eu tinha aproximadamente 8 anos e meu irmão do meio 6, dormíamos com a porta semi-aberta e com a luz do corredor de casa acesa. A cada noite, aquelas velhas histórias de monstros e bichos tomavam forma nos nossos quartos através de cadeiras, roupas, armários e janelas. Um dia, meu pai apagou a luz do corredor e meu irmão ficou apavorado por causa do escuro (e eu também!!). Meu pai simplesmente respondeu: "Ué! Você é homem ou é um saco de batatas?"
Até hoje, ao lembrarmos dessa colocação do meu pai, essa história rende boas risadas! Mas eu a compreendia de uma maneira muito interessante: o HOMEM representava o destemido, o forte, o corajoso, o ousado. E o SACO DE BATATAS era simplesmente um saco com batatas que, abandonado na geladeira, não tinha valor algum.
Desde pequenos ouvimos mitos, fábulas, histórias, contos, ou até vemos na televisão fatos e coisas que nos deixam amedrontados. Esse imaginário do medo, bem como sua concretização, tem suas raízes paradoxalmente fincadas no nosso corpo, e é provocado por ameaças externas - reais ou fantasiosas (1). Em outras palavras, há momentos em que aquilo que traz medo parece ser tão autêntico que qualquer "Para com isso!" ou qualquer "Não pense nessa bobagem" não tem peso algum nas idéias.
E a questão é: COMO AGIR DIANTE DE UMA SITUAÇÃO QUE NOS DEIXA APAVORADOS???
A resposta é simples: Aquele que não sai com medo da chuva nunca semeará nada. Viver é arriscado. Mas, mais arriscado do que o risco da vida é o risco de NÃO VIVER, COM MEDO DE SE ARRISCAR na vida (2). E parando para pensar nisso, quantas coisas eu já deixei de fazer por medo? Quantas coisas eu já perdi por medo de perder? (3) Aí vida vai passando, o meu pique já não vai ser mais o mesmo, aquilo que eu queria fazer já passou também...
E o que eu aprendi disso tudo é não permitir que o meu medo me impeça de tentar, de realizar, de construir, de sonhar. E tento aplicar isso em minha vida. Sei que um dia, quando eu olhar para trás, vou ver que meu medo era muito pequeno diante da construção que ergui ao simplesmente ter a ousadia de passar por cima dele.
E cá entre nós... sinceramente, após anos, eu ainda confesso não saber o real significado do saco de batatas! Mas posso compreender que não é sinônimo de Coragem, Força e Ousadia. Partindo disso, vou dar o melhor de mim para que dessas batatas eu consiga passar bem longe. rs!
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1. TEIXEIRA E PORTO - Violência, insegurança e imaginário do medo
2. Caio Fábio
3. PIMENTAS DO REINO - Don Juan (frase adaptada)_________________________________________________
Até hoje, ao lembrarmos dessa colocação do meu pai, essa história rende boas risadas! Mas eu a compreendia de uma maneira muito interessante: o HOMEM representava o destemido, o forte, o corajoso, o ousado. E o SACO DE BATATAS era simplesmente um saco com batatas que, abandonado na geladeira, não tinha valor algum.
Desde pequenos ouvimos mitos, fábulas, histórias, contos, ou até vemos na televisão fatos e coisas que nos deixam amedrontados. Esse imaginário do medo, bem como sua concretização, tem suas raízes paradoxalmente fincadas no nosso corpo, e é provocado por ameaças externas - reais ou fantasiosas (1). Em outras palavras, há momentos em que aquilo que traz medo parece ser tão autêntico que qualquer "Para com isso!" ou qualquer "Não pense nessa bobagem" não tem peso algum nas idéias.
E a questão é: COMO AGIR DIANTE DE UMA SITUAÇÃO QUE NOS DEIXA APAVORADOS???
A resposta é simples: Aquele que não sai com medo da chuva nunca semeará nada. Viver é arriscado. Mas, mais arriscado do que o risco da vida é o risco de NÃO VIVER, COM MEDO DE SE ARRISCAR na vida (2). E parando para pensar nisso, quantas coisas eu já deixei de fazer por medo? Quantas coisas eu já perdi por medo de perder? (3) Aí vida vai passando, o meu pique já não vai ser mais o mesmo, aquilo que eu queria fazer já passou também...
E o que eu aprendi disso tudo é não permitir que o meu medo me impeça de tentar, de realizar, de construir, de sonhar. E tento aplicar isso em minha vida. Sei que um dia, quando eu olhar para trás, vou ver que meu medo era muito pequeno diante da construção que ergui ao simplesmente ter a ousadia de passar por cima dele.
E cá entre nós... sinceramente, após anos, eu ainda confesso não saber o real significado do saco de batatas! Mas posso compreender que não é sinônimo de Coragem, Força e Ousadia. Partindo disso, vou dar o melhor de mim para que dessas batatas eu consiga passar bem longe. rs!
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1. TEIXEIRA E PORTO - Violência, insegurança e imaginário do medo
2. Caio Fábio
3. PIMENTAS DO REINO - Don Juan (frase adaptada)_________________________________________________
muuito interessante, se parar pra refletir é bem isso msm , rs. :)
ResponderExcluirLegal, mas na minha vida não ser o saco de batatas tem me rendido maus bocados...
ResponderExcluiras pessoas preferem que vc não as confrotem quando estão erradas e querem que vc seja o saco de batatas!!!
Na verdade, ninguém quer ser confrontado. Todo mundo gosta de estar certo. O confronto vai contra a idéia que já temos firmadas em nossa mente. Mas,como a vida é feita de escolhas e algumas situações nós não escolhemos - elas simplesmente acontecem (e não à toa) - podemos diante disso optar por enfrentar ou nos esconder. Lembrando que a ESCOLHA É SUA, E NÃO DAS OUTRAS PESSOAS.
ResponderExcluirEu sempre entendi que o saco de batatas é algo que fica parado, imóvel diante de uma situação de desconforto ou medo, e acaba apodrecendo por insegurança.Não sei explicar direito, mas acho que é mais ou menos isso ;D
ResponderExcluirPuxa que legal ...estava precisando disto hoje ...vale.As vezes deixamos de fazer algo com medo, achando que não somos capazes.Muito obrigada, vc esta de parabens ...ameiiiiii...bjs
ResponderExcluiryah...
ResponderExcluirFikou demais...............
Olha, adorei sua história do "vc é um homem ou um saco de batata"
Sta de parabéns bjs.............